Por Horácio Ortiz
Um caso interessante ocorrido no Jabaquara e resolvido através do empenho de seus moradores e da Sociedade Amigos do Jabaquara. Foi o caso da Caixa d’água da Vila do Encontro e Americanópolis. O bairro de Americanópolis e Vila do Encontro ficam nos pontos mais elevados da Zona Zul em distensão do Jabaquara. E realmente grande parte, os moradores tinham dificuldade porque a rede de água não dava altura suficiente para que as casas mais altas fossem servidas. Depois de muitos pedidos, requerimentos etc da Sociedade, a Sabesp resolveu construir uma caixa d’água, que é a caixa d’água que hoje existe na Avenida Armando Arruda Pereira, chamada Vila do Encontro. Depois de quase 02 anos de briga foi construída a caixa d’água. Terminada a construção, estavam todos interessados na inauguração e aconteceu um imprevisto. A caixa d’água ficava situada no cone de aproximação dos aviões que descem no Campo de Congonha na Zona Sul. Esse cone de aproximação é uma linha reta que surge com 30 graus da cabeceira do Aeroporto e com 30 graus não pode ter edifício nenhum abrangindo naquela altura. Deve ser totalmente livre. E a infeliz torre nossa da Vila do Encontro tinha sido construída acima da linha do cone de aproximação. Foi aquela tragédia. A decepção do bairro todo e ver o quê que iam fazer, se ia demolir. Resolvemos que ia demolir aquilo porque infringia os códigos da Aeronáutica e era um perigo para a descida das aeronaves. Eu fiquei pensando que, a caixa d’água tem uns
- A caixa ficou bem acima dessas colunas e essas colunas são bem altas. Eu tenho a impressão que, vai ser uma ginástica, mas podemos tentar abaixar os três metros. A caixa que é o conjunto todo de concreto, a gente calçaria esse conjunto lá em cima e faríamos um cone na cabeceira dos pilares de sustentação desses
- Ótimo. Vamos fazer um desenho desse negócio e vamos levar na Sabesp.
E assim foi feito. Ele fez um croqui e levamos na Diretoria da Sabesp. Eles não queriam saber daquilo, achando que era um absurdo e queriam demolir tudo. Eu falei que quem tinha feito o estudo era um Professor da Escola Politécnica, grande autoridade em concreto, grande engenheiro e tem mais autoridade do que qualquer calculistazinho da Sabesp. Ele é uma grande autoridade no assunto e isso vai economizar uns ou três anos na solução do problema. Conseguimos então, que o Diretor Geral se sensibilizasse com o problema, naquele tempo nem era Sabesp, era Departamento de Águas e Esgotos – DAE. Ele estudou o croqui do eng. Paulo Lorena, resolveu fazer e colocou em concorrência o rebaixamento do (platô?) da caixa d’água. A caixa d’água em si deveria ser rebaixada com macacos e os pilares seriam recortados em
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